segunda-feira, 24 de junho de 2013

Avestruz  (Mário Prata)

                                                 

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, 
uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em 
Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era 
minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino 
conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo 
impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se 
entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A 
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, 
deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado 
primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa 
uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a 
altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que 
não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de 
asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar 
que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois 
dedos em cada pé. 
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. 
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, 
olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em 
forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao 
seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que 
elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, 
entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com 
TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da 
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de 
avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. 
Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, 
inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. 
máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, 
principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai 
bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz 
por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho 
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz
.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2

1)Quem tem animal de estimação? Vocês conhecem alguém que tenha algum animal exótico?

2) Como você imagina o avestruz? Desenhe-o.

3)Pesquisem no laboratório de informática sobre o avestruz.

4)O que vocês esperam de um texto intitulado "Avestruz"?

5) Suas expectativas confirmam-se?

6)O narrador é personagem ou observador? Onde ele vive? A quem ele se dirige?

7)Por que ele disse ao menino que o avestruz come mouse, tênis e jogos eletrônicos?

8)Por que o autor questiona que um avestruz na TPM é perigosíssimo?

9)O autor faz uso da linguagem coloquial. Retire exemplos do texto.

10)Como o aluno convenceria o menino a desistir da gaivota e do urubu?

11)Por que o narrador sugere a mãe do garoto procurar um psicólogo?

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Análise - Texto - Pausa

Antes de iniciar a atividade com o conto, terá uma roda de conversa primeiro analisando o Título, em seguida será passado aos alunos o filme Click, podendo passar um trecho ou o filme todo,  depende do professor e de seu tempo disponível para concluir esta atividade.


Em seguida será feita uma roda de conversa para discutir o filme e suas impressões.
Iniciando o trabalho com texto "PAUSA", levantaremos uma discussão sobre o autor, se conhecem algumas de suas obras, (bibliografia e biografia).
Objetivo:  TEXTO PARA LEITURA, REFLEXÃO, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO   7º e 8° anos

LEIA O CONTO DE MOACYR SCLIAR

PAUSA


Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro. Fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
            —Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
            —Todos os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
            —Temos muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
            —Por que não vens almoçar?
            —Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel pegou o chapéu:
            —Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
            —Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
            —Estou com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
            — Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
            —Aqui, meu bem! – uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma bacia cheia d’água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado o cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, levou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
            — Já vai, seu Isidoro?
            —Já – disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
            —Até domingo que vem, seu Isidoro – disse o gerente.
            —Não sei se virei – respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
            —O senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.

(in: Alfredo Bosi, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1977. p. 275)

                                                                                   Responda

1 Nesse conto, o narrador é observador. Ele narra o que acontece na vida da personagem Samuel/Isidoro.

a)      Quanto tempo transcorre entre o início e o final do conto?
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b)      Como o narrador informa o leitor sobre o tempo decorrido?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ .

2- O tempo e o espaço são elementos importantes para a construção do sentido das narrativas. No conto “Pausa”:

a)      Onde ocorrem os fatos?
       _____________________________________________________________________________

b)      Qual deles é mais destacado? Justifique sua resposta.
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c)      Como se caracteriza esse lugar?
            _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

d)     Que relação há entre o título, o lugar onde ocorre a maioria dos fatos e o tempo em que acontece a história?


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domingo, 9 de junho de 2013

Boa noite! O blog está maravilhoso! Meus oito anos um dos poemas mais lindo da nossa literatura.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Casimiro de Abreu : Meus oito anos
em 06/10/2007 21:40:00 (42321 leituras)
Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!


Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!


Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!


Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!


Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


................................


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=505#ixzz2VZDzUNho
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

"Games ensinam mais rápido que qualquer outra mídia" diz criador da Atari.



São Paulo - Nolan Bushnell, criador da Atari e atualmente pesquisador de soluções em games, falou sobre a revolução que os jogos digitais podem realizar na educação durante a palestra que fechou as atividades do terceiro dia de Campus Party, em São Paulo.
Bushnell afirmou que o uso de jogos faz com que conteúdos educacionais sejam apreendidos até dez vezes mais rápido pelos estudantes em comparação ao uso de métodos tradicionais de ensino, como um professor falando para uma sala de alunos.
O fundador da companhia de games Atari, nos anos 70, usou como exemplo a experiência de uma escola que adotou o software de ensino de idiomas Brainrush para envolver seus alunos.  "As crianças que usaram o software aprenderam dez vezes mais rápido que as outras que recorriam somente a livros", explicou. "Os jogos são máquinas de felicidade, quem não gosta de passar de uma fase ou superar um desafio?", completou.
Para Bushnell, o cenário provável para professores e alunos no futuro será a combinação de um software didático, um hardware barato, redes robustas e ciência cerebral. "Essa combinação, aliada a entusiasmo, criatividade e otimismo dos educadores será a chave do sucesso para sistemas de ensino", defendeu.
Steve Jobs - Durante a palestra, Bushnell lembrou do tempo em que foi chefe do mítico fundador da Apple. "Eu tive um grande amigo e funcionário chamado Steve Jobs. Ele me ofereceu um terço da Apple Computers por 15 mil dólares. E eu disse que não", contou.
Bushnell revelou que Jobs era um de seus mais aplicados funcionários. "Sabe qual era o segredo do Steve Jobs? Ele era muito, muito, muito trabalhador".
Para Bushnell, a Apple Computers deu certo porque apostou em software, enquanto a Atari, já comprada pela Warner nos anos 90, apostou apenas em hardware. Ele ainda revelou que quando criou o Atari 2600, um dos primeiros e mais populares consoles caseiros, imaginou que ele não teria tantos jogos.
"Nomeamos o Atari de 2600 porque pensávamos que ele teria, no máximo, 26 jogos". Um ano depois de seu lançamento, o Atari 2600 já tinha mais de 350 games.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Atividade - Competência leitora
Vamos analisar esta crônica do escritor Fernando Sabino;
O Homem Nu
Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.

Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:

— Maria, por favor! Sou eu!

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso.

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão.

Sugestão de Atividades ao professor;

Observar com os alunos a fluência e a precisão do autor, a começar pelo título muito bem ligado ao inicio da narrativa, e a facilidade de formarmos imagens mentais enquanto se lê;

Solicite aos discentes que enumerem as pessoas que se manifestaram ao ver o protagonista nu;

Tomar uma redação de um final alternativo para a estória; O que fariam no lugar do personagem?

(texto extraído de http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_fernando_sabino)

terça-feira, 4 de junho de 2013


                           Experiência com a palavra escrita
Fui uma criança muito precoce, aprendi a ler e escrever muito cedo, fui matriculada no 1º ano como ouvinte aos 5 anos, porém me destaquei dos demais ganhando um prêmio de melhor aluna, onde ganhei meu primeiro livro "Cachinhos dourados", fui matriculada no 2° ano, não tendo nenhuma dificuldade em acompanhar os demais, meus pais sempre foram muito presente em minha vida.
Fiz Pós Graduação, na qual minha monografia teve como tema "Leitura", a importância de mostrar ao aluno, que através da leitura cria-se um horizonte a muitas expectativas, aumentando assim sua visão de mundo, onde se tornará um indivíduo desenvolto e como consequência não terá dificuldade na escrita.
Sempre em minhas aulas, como são seis aulas semanais, tiro uma na semana onde levo para a sala de aula vários tipos de leituras como: Contos, HQs, poesias, filmes, revistas Recreio ou outras revistas, na qual seleciono  matérias importantes e adequadas a cada ano ou série a ser trabalhada e discutida, o local de leitura também é alternado, sendo sala de aula, biblioteca, pátio, para que não fique tão monótono.
Trabalho também leitura de imagem ou HQs, onde aparecem somente a imagem e os alunos escrevem a  história e vice-versa, conto histórias a eles e eles ilustram o que foi contado por etapa, é uma atividade que gostam muito de fazer, costumo trabalhar individual, em dupla e em grupo, não tenho dificuldade na hora da leitura, sempre leio antes e em seguida divido o texto em partes, para que todos possam ler e participar,  tem o momento da dupla onde um lê para o outro, acho interessante ou quando eles contam um conto para classe, se caracterizam, fica bem divertido.
Gosto muito de trabalhar com poesia, música, onde eles começam a observar  os sentimentos que cada um produz, a forma de declamar, são experiência enriquecedoras, preparando-os para uma apresentação para a sala e posteriormente para a escola, esse contato é muito bom, ajuda a ficarem mais desenvoltos,  aumentando assim seu vocabulário. (Pro° Roserci - E.E. Padre Emílio Immoos)
      MELHOR GESTÃO MELHOR ENSINO

É um programa de formação a distância de educadores, onde capacita e aprimora o conhecimento dos professores, trocas de experiências, levando-os a refletir sobre a forma com que se tem trabalhado, fazendo com que seja reavaliado as diferentes formas de trabalhar, inovando, atualizando e mudando seus conceitos em certas situações, sendo que essa nova geração, onde a tecnologia está presente, muita coisa tem que  ser repensada, mudando nossos métodos de ensino.


Conto com a visita de vocês!!!