Avestruz (Mário Prata)
segunda-feira, 24 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Análise - Texto - Pausa
Antes de iniciar a atividade com o conto, terá uma roda de conversa
primeiro analisando o Título, em seguida será passado aos alunos o filme Click,
podendo passar um trecho ou o filme todo,
depende do professor e de seu tempo disponível para concluir esta
atividade.
Em seguida será feita uma roda de conversa
para discutir o filme e suas impressões.
Iniciando o trabalho com texto "PAUSA", levantaremos uma
discussão sobre o autor, se conhecem algumas de suas obras, (bibliografia e
biografia).
Objetivo: TEXTO PARA LEITURA,
REFLEXÃO, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
7º e 8° anos
LEIA O CONTO DE MOACYR SCLIAR
PAUSA
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o
banheiro. Fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na
cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vais sair de novo,
Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as
sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto
uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
—Todos os domingos tu
sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
—Temos muito trabalho
no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
—Por que não vens
almoçar?
—Já te disse: muito
trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel
pegou o chapéu:
—Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da
garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as
barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches
debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a
um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com
as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa
poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje.
Friozinho bom este, não é? A gente...
—Estou com pressa, seu
Raul – atalhou Samuel.
— Está bem, não vou
atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último
andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
—Aqui, meu bem! – uma
gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um
aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma
bacia cheia d’água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas,
tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de
cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um
suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama,
comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho,
deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis
buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no
chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido
por um índio montado o cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto
da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel
mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas
costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de
trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel
tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a
bacia, levou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
— Já vai, seu Isidoro?
—Já – disse Samuel,
entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
—Até domingo que vem,
seu Isidoro – disse o gerente.
—Não sei se virei –
respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
—O senhor diz isto,
mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando
os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.
(in: Alfredo Bosi, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo:
Cultrix, 1977. p. 275)
Responda
1 Nesse conto, o narrador é observador. Ele narra o que acontece na vida
da personagem Samuel/Isidoro.
a) Quanto tempo transcorre
entre o início e o final do conto?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
b) Como o narrador informa o
leitor sobre o tempo decorrido?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
.
2- O tempo e o espaço são elementos importantes para a construção do
sentido das narrativas. No conto “Pausa”:
a) Onde ocorrem os fatos?
_____________________________________________________________________________
b) Qual deles é mais
destacado? Justifique sua resposta.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
c) Como se caracteriza esse
lugar?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
d) Que relação há entre o
título, o lugar onde ocorre a maioria dos fatos e o tempo em que acontece a
história?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
domingo, 9 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
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Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=505#ixzz2VZDzUNho
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"Games ensinam mais rápido que qualquer outra mídia" diz criador da Atari.
São Paulo - Nolan Bushnell, criador da Atari e atualmente pesquisador de soluções em games, falou sobre a revolução que os jogos digitais podem realizar na educação durante a palestra que fechou as atividades do terceiro dia de Campus Party, em São Paulo.
Bushnell afirmou que o uso de jogos faz com que conteúdos educacionais sejam apreendidos até dez vezes mais rápido pelos estudantes em comparação ao uso de métodos tradicionais de ensino, como um professor falando para uma sala de alunos.
O fundador da companhia de games Atari, nos anos 70, usou como exemplo a experiência de uma escola que adotou o software de ensino de idiomas Brainrush para envolver seus alunos. "As crianças que usaram o software aprenderam dez vezes mais rápido que as outras que recorriam somente a livros", explicou. "Os jogos são máquinas de felicidade, quem não gosta de passar de uma fase ou superar um desafio?", completou.
Para Bushnell, o cenário provável para professores e alunos no futuro será a combinação de um software didático, um hardware barato, redes robustas e ciência cerebral. "Essa combinação, aliada a entusiasmo, criatividade e otimismo dos educadores será a chave do sucesso para sistemas de ensino", defendeu.
Steve Jobs - Durante a palestra, Bushnell lembrou do tempo em que foi chefe do mítico fundador da Apple. "Eu tive um grande amigo e funcionário chamado Steve Jobs. Ele me ofereceu um terço da Apple Computers por 15 mil dólares. E eu disse que não", contou.
Bushnell revelou que Jobs era um de seus mais aplicados funcionários. "Sabe qual era o segredo do Steve Jobs? Ele era muito, muito, muito trabalhador".
Para Bushnell, a Apple Computers deu certo porque apostou em software, enquanto a Atari, já comprada pela Warner nos anos 90, apostou apenas em hardware. Ele ainda revelou que quando criou o Atari 2600, um dos primeiros e mais populares consoles caseiros, imaginou que ele não teria tantos jogos.
"Nomeamos o Atari de 2600 porque pensávamos que ele teria, no máximo, 26 jogos". Um ano depois de seu lançamento, o Atari 2600 já tinha mais de 350 games.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Atividade - Competência leitora
Vamos analisar esta crônica do escritor Fernando Sabino;
O Homem Nu
Ao acordar, disse para a mulher:
—
Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem
aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe
dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
—
Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir
rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica
quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem
ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco
depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um
banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava,
resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço
para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela
para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o
embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era
muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém,
tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada
pelo vento.
Aterrorizado,
precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera,
olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do
chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a
mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos
dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto
isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro
subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não
era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o
elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a
segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta
vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos,
regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor,
fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar
um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e
ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o
tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa,
encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado,
enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E
agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele
ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu,
desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu
apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka,
instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do
Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se
à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a
parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão
de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá
embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada:
"Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com
cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto
insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
—
Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem
nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se,
acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se
com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria,
a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele
entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar
do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram
na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Sugestão de Atividades ao professor;
Observar
com os alunos a fluência e a precisão do autor, a começar pelo título
muito bem ligado ao inicio da narrativa, e a facilidade de formarmos
imagens mentais enquanto se lê;
Solicite aos discentes que enumerem as pessoas que se manifestaram ao ver o protagonista nu;
Tomar uma redação de um final alternativo para a estória; O que fariam no lugar do personagem?
(texto extraído de http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_fernando_sabino)
terça-feira, 4 de junho de 2013
Experiência com a palavra escrita
Fui uma criança muito precoce, aprendi a ler e escrever muito cedo, fui matriculada no 1º ano como ouvinte aos 5 anos, porém me destaquei dos demais ganhando um prêmio de melhor aluna, onde ganhei meu primeiro livro "Cachinhos dourados", fui matriculada no 2° ano, não tendo nenhuma dificuldade em acompanhar os demais, meus pais sempre foram muito presente em minha vida.
Fiz Pós Graduação, na qual minha monografia teve como tema "Leitura", a importância de mostrar ao aluno, que através da leitura cria-se um horizonte a muitas expectativas, aumentando assim sua visão de mundo, onde se tornará um indivíduo desenvolto e como consequência não terá dificuldade na escrita.
Sempre em minhas aulas, como são seis aulas semanais, tiro uma na semana onde levo para a sala de aula vários tipos de leituras como: Contos, HQs, poesias, filmes, revistas Recreio ou outras revistas, na qual seleciono matérias importantes e adequadas a cada ano ou série a ser trabalhada e discutida, o local de leitura também é alternado, sendo sala de aula, biblioteca, pátio, para que não fique tão monótono.
Trabalho também leitura de imagem ou HQs, onde aparecem somente a imagem e os alunos escrevem a história e vice-versa, conto histórias a eles e eles ilustram o que foi contado por etapa, é uma atividade que gostam muito de fazer, costumo trabalhar individual, em dupla e em grupo, não tenho dificuldade na hora da leitura, sempre leio antes e em seguida divido o texto em partes, para que todos possam ler e participar, tem o momento da dupla onde um lê para o outro, acho interessante ou quando eles contam um conto para classe, se caracterizam, fica bem divertido.
Gosto muito de trabalhar com poesia, música, onde eles começam a observar os sentimentos que cada um produz, a forma de declamar, são experiência enriquecedoras, preparando-os para uma apresentação para a sala e posteriormente para a escola, esse contato é muito bom, ajuda a ficarem mais desenvoltos, aumentando assim seu vocabulário. (Pro° Roserci - E.E. Padre Emílio Immoos)
MELHOR
GESTÃO MELHOR ENSINO
É um programa de formação a distância de
educadores, onde capacita e aprimora o conhecimento dos professores, trocas de
experiências, levando-os a refletir sobre a forma com que se tem trabalhado,
fazendo com que seja reavaliado as diferentes formas de trabalhar, inovando,
atualizando e mudando seus conceitos em certas situações, sendo que essa nova
geração, onde a tecnologia está presente, muita coisa tem que ser repensada, mudando nossos métodos de
ensino.
Conto com a visita de vocês!!!
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